Sanfoneiras de Pernambuco combatem o machismo e o preconceito através da arte

Crédito: Reprodução

Lugar de mulher é onde ela quiser. Em Pernambuco, várias mulheres vêm quebrando preconceitos ao dominar a arte de tocar sanfonas, instrumento em um cenário predominantemente masculino.

Em Recife, Karolina Maciel foi a primeira aluna do Conservatório Pernambucano de Música a conquistar o diploma do curso técnico em sanfona.

Ana Emília, médica e sanfoneira, se dedica ao instrumento há nove anos. “Eu acho que uma sanfona tocada por uma mulher, ela tem esse traço de sensibilidade que só a gente tem. E aí, porque não? Não tem ‘por que não’.

Já em Caruaru, algumas mulheres participam do curso de sanfona promovido pela Secretaria de Política das Mulheres.

As aulas são ministradas por Flávia Soares, professora e integrante do único trio de mulheres sanfoneiras em Caruaru. “Tantas falas de que a mulher não pode estar nesse cenário. A mulher pode sim. Ela pode tudo, ela pode o que quiser”, comenta a professora.

A feirante Maria Vilma é uma dessas mulheres que sempre tiveram vontade de ter contato com o instrumento. Ela participa de curso de sanfona promovido pela Secretaria de Política das Mulheres. “Acho que é como uma mãe que abraça uma filha, eu gosto muito”, disse.

Motorista de aplicativo, Maria Claudiane, 70 anos, também faz parte do curso e sempre se emociona ao lembrar de como é fazer parte da turma.

O sonho das alunas é formar uma orquestra sinfônica unicamente composta por mulheres.

Nascida em Salgueiro, Sertão de Pernambuco, Terezinha do Acordeon, cantora, compositora e instrumentista, 72, toca desde os 15 anos e incentivou gerações de mulheres sanfoneiras com seu pioneirismo.

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