Não é de hoje que grupos de moradores de Santa Teresa se reúnem com autoridades para discutir uma saída para a violência que assola o bairro, afastando o turista e dificultando a vida dos moradores. Movimentos como Santa Sem Violência e a Amast (Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa) vêm, ao longo dos tempos, reivindicando mais policiamento na região, que ultimamente anda mais conhecida pelos assaltos do que pelas atrações culturais e vistas de cartão-postal.
Não há policiamento ostensivo nas subidas de Santa Teresa, onde são constantes os assaltos. Em geral, os bandidos vêm de moto ou carro, roubam pessoas e grupos que estão subindo a pé. Após a ação, descem em diversas direções. As rotas de fuga podem levar a Zona Sul, Zona Norte e ao Centro devido à própria topografia do bairro.
Logo após um ato pelo fim da violência, um grupo de turistas foi assaltado. Mesmo assim, quase todo o aparato policial é destinado apenas ao combate as drogas no alto do bairro, nas favelas do Fogueteiro, Coroa e Fallet. Esta última vem sofrendo incursões diárias.
Em uma delas, a PM surpreendeu os traficantes invadindo o quintal de uma casa onde moram apenas mulheres e crianças. Os policiais desmontaram a fechadura do portão (que era novo em folha) e iniciaram o tiroteio no beco estreito, colocando em risco a vida de muitas famílias, segundo relatos nas redes sociais de uma moradora e missionária, indignada com a invasão de sua casa.
Enquanto nas áreas nobres os moradores clamam por mais policiamento, nas favelas, mais polícia é sinônimo de mais violência. Assim, só resta aos favelados orar ao Espírito Santo para acabar com os abusos da Polícia Militar.