A pesquisa da prefeitura de São Paulo com seis mil estudantes entre 4 e 14 anos de idade revelou que 16,1% têm anticorpos para o novo coronavírus, enquanto 64,4% são assintomáticos para a doença, o que levou o prefeito Bruno Covas a descartar o retorno no mês que vem em todas as redes de ensino (mesmo com liberação do governo estadual), por identificar as crianças e adolescentes sem sintomas como potenciais disseminadores da doença. A volta às aulas em outubro ainda será avaliada a partir de dados de outros três inquéritos, que incluirão também alunos de instituições privadas e estaduais e informações de contaminação dentro das mesmas famílias.
“Nesse momento, a volta às aulas representaria, pelo o que pensa a Secretaria de Saúde, a Vigilância Sanitária, um grande vetor de contaminação, ampliação e disseminação da doença na cidade,” justificou o prefeito. Medidas para evitar a contaminação são mais difíceis de terem sucesso no ambiente escolar, acrescentou: “É muito mais complicado manter o distanciamento dentro da sala de aula, da escola, do que em bares, restaurantes, supermercados, lojas, estabelecimentos já autorizados para o retorno.”