Os eventos têm apresentações de músicos e Poetas dos bairros e adjacências.

Crédito: Reprodução. Batalha do Caranga, Itinga
A periferia se destaca cada vez mais por revelar talentos a partir de saraus, coletivos e encontros como as batalhas de Rap e Slams. As apresentações que acontecem em diversas localidades estão proporcionando aos moradores da capital baiana um novo percurso cultural, com garantia de diversão e muito aprendizado.
São diversas atividades, muita música, incentivo a leitura e escrita, lançamentos de singles, marcas e livros, pocket show, rodas de conversa etc.

Com o objetivo de fomentar o protagonismo juvenil da comunidade por meio da arte, cultura e educação alguns amigos e coletivos se reúnem para articular e promover ações que trazem diferentes práticas e manifestações culturais, entre elas a poesia, performances teatrais, contação de história, apresentações de dança e bazar solidário.

Muitos desses encontros buscam reunir os jovens para discutir e expressar por meio da arte temas que estão ligados ao dia a dia dos moradores das periferias, fortalecendo a identidade cultural da juventude dentro da comunidade, além de promover a reflexão sobre temas cotidianos.

Os eventos geralmente acontecem aos fins de semana, semanal ou quinzenalmente, o que regularmente favorece o comércio local e os empreendedores sociais, que utilizam seus talentos para solucionar ou minimizar questões pertencentes à extensa lista de problemas sociais que a “perifa” possui.

Entre tantas localidades que apresentam ações e atividades em prol dos moradores, na capital baiana, é possível citar a Batalha do P, no bairro Beiru/Tancredo Neves; Sarau da Onça e Slam 4R, Sussuarana; Batalha do Caranga, Itinga, Sarau Bairro da Paz Vive; Slam das Minas, no Cabula; Coletivo Água da Fonte, Alto de Coutos, entre outros. São dezenas de coletivos, eventos com o objetivo de promover o bem e fortalecer as comunidades, reunindo jovens que em sua maioria começam a desenvolver e divulgar trabalhos profissionais nos locais.

Nos encontros, independente do local o objetivo quase sempre é possibilitar a juventude uma nova perspectiva de vida, promover a cultura e os talentos de cada localidade, debatendo temas que os afligem e transformando em arte a dor e violência vivenciada por muitos, podendo também colaborar no crescimento pessoal/profissional e na construção de novos elos e oportunidades.

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Danielle Santos
Cria do Arenoso, periferia de Salvador/BA. Bacharel em Comunicação social com ênfase em jornalismo, pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), Colaboradora no Jornal A Voz da Favela/SSA-Ba e no Portal SoteroPreta. Integrante do grupo de pesquisa Rede ao Redor, vinculado ao Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC - UFBA), voltado para o debate, produção de conteúdos e intervenções sobre temas ligados às culturas de periferia, juventudes, ativismos culturais, práticas pedagógicas etc. Comunicóloga e Jornalista em constante aprendizado. Amante da natureza e encantada por expressões culturais/artísticas.