Vivemos um período muito difícil da humanidade, pois o capitalismo está mostrando abertamente as suas impossibilidades civilizatórias, que vai desde as manifestações individuais do não isolamento social, às iniciativas de empresário querendo que “tudo volte ao normal” para retomar o lucro, sem se preocupar com as vidas, ao limite do desmonte da saúde pública.
Se pensarmos com calma, já nos adaptamos a essa nova situação, pois já estamos em quarentena há mais de um mês. Sim, optamos pela preservação das vidas. De uma maneira ou de outra, conseguimos recriar a nossa rotina, é necessário continuarmos em casa – se sairmos, devemos usar máscaras -, higienizar sempre as mãos, evitar o contato das mãos com nariz, boca e olhos.
O isolamento é uma escolha em permanecer vivas/os. Se está trabalhando em casa e não está tendo o mesmo rendimento, não se cobre. Todas/os estamos vivendo assombradas/os pelo medo da morte em decorrência do covid-19, e essa possibilidade é real, muita gente morrendo todos os dias. Se permita não ser produtivo, se permita ter medo. São sentimentos e ações que nós humanos temos, não se cobre nesse momento.
Faça uma rede de apoio e se ajudem, é fundamental ter familiares e amigas/os que possam manter o contato por redes sociais. Fará muito bem se fizer atendimento psicológico, pois nos dá um suporte emocional para passarmos por esse momento tenebroso, muitas/os psicólogas/os estão fazendo atendimento online gratuito, não tenha medo, faz bem. Eu, particularmente, amo fazer psicoterapia.
Em dias mais difíceis, aqueles que ficam mais ansiosas/os, tome um banho mais demorado, deixe a água morna cair de leve na cabeça e peça a quem e o que você acredita que leve a insegurança, o medo, a tristeza; em seguida, faça um chá de camomila ou de erva cidreira e se dê de presente. Respire fundo todas as vezes que o desespero bater. E acredite! Tudo isso vai passar e precisamos estar vivas/os para comemorar.