O governo brasileiro firma, mais uma vez, posição favorável ao uso de cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento da Covid19, no dia seguinte à Organização Mundial de Saúde anunciar a suspensão dos testes com as substâncias por considerá-las inócuas e perigosas para pacientes com problemas cardíacos, entre outros. Nesta segunda-feira, a Secretária de Gestão em Trabalho na Saúde do ministério, Mayra Pinheiro, declarou:
“Estamos muito tranquilos e serenos em relação a nossa orientação. Ela segue uma orientação feita pelo Conselho Federal de Medicina que dá autonomia para que os médicos possam prescrever essa medicação para os pacientes que assim desejarem. Isso é o que vamos repetir diariamente. Estamos muito tranquilos a respeito de qualquer entidade internacional cancelar seus estudos com a medicação, estudos de segurança.”
A Secretária não informou, talvez por desconhecimento do assunto, é que o Conselho Federal de Medicina decidiu, e publicou em sua resolução inicial, é que o uso da cloroquina pelo médico deve ser autorizado pelo paciente e somente depois que o paciente der seu termo de consentimento por escrito. Os danos que porventura venham a sofrer os pacientes com essa medicação serão de inteira responsabilidade do médico e ele será o único penalizado em todas as instâncias éticas e legais. Como em outros casos desse tipo, também se fará a necessária punição e cassação do registro profissional dos médicos que não seguirem as regras estabelecidas.