Finalmente o presidente Jair Bolsonaro conseguiu impor, ainda que em parte, a sua vontade ao Ministério da Saúde, agora comandado pelo general Eduardo Pazuello. Foi divulgado nesta quarta-feira, 20, protocolo que amplia a possibilidade de uso da cloroquina e da hidroxicloroquina também para pacientes com sintomas leves do novo coronavírus. Mas texto admite que não há evidências suficientes de eficácia, e o termo obrigatório de consentimento do paciente cita risco de agravamento da condição clínica. Até agora o protocolo previa o uso de cloroquina apenas por pacientes graves e críticos e com monitoramento em hospitais.
A decisão ocorre após diversos estudos mostrarem que os medicamentos não só não têm efeito contra a Covid-19 como podem aumentar o risco cardíaco. A Organização Mundial da Saúde refirmou ontem, 19, não haver provas de que a hidroxicloroquina ou outro medicamento possa curar ou prevenir a Covid-19 e que o uso inapropriado da hidroxicloroquina pode causar efeitos colaterais graves com risco de morte.