O Brasil ultrapassou a marca de 75 mil mortes por Covid-19 e se aproxima de 2 milhões de casos confirmados, segundo atualização do consórcio de veículos de imprensa divulgada nesta quarta-feira, 15. Desde os primeiros casos registrados no Brasil, vários setores da sociedade sofreram mudanças nas suas atividades e com o avanço da pandemia uma das áreas que sofreu grande impacto foi a educação, com o fechamento de escolas públicas, creches e faculdade, tanto da rede pública quanto privada.
Alguns estados adotaram a modalidade de ensino a distância através de vídeo aulas, para diversos públicos, prefeituras criaram algumas estratégias para ampliar a oferta das atividades escolares para seus estudantes, mas o que se percebeu foi a visibilidade do descompasso social que o país enfrenta há muito tempo, o dever de casa foi estudar as desigualdades sociais do país.
Se por um lado existem os alunos de escolas privadas que enfrentam dificuldades de adaptação com a nova rotina, mesmo com o uso dos recursos tecnológicos fazendo parte do seu cotidiano, por outro lado muitos alunos de escolas públicas e moradores das periferias não tiveram sequer acesso aos instrumentos pedagógicos digitais.
Mesmo sem controle efetivo da doença, uma vacina, nem os protocolos de segurança, alguns estados já estudam a possibilidade de voltar às aulas presenciais a partir de agosto, de forma gradual, seguindo as orientações do distanciamento social, por meio de redução e alternância de alunos e turmas, e higienização constante, sendo o uso de máscara como item obrigatório para alunos, professores e funcionários.
Algumas informações sobre os casos em crianças e adolescentes são divulgadas mostrando o aparecimento e o desenvolvimento da forma mais leve da doença, muitas vezes sem sintoma algum, o que não excluí os casos graves que já visitaram esse grupo etário e o coloca também dentro do grupo de risco. Outra preocupação é para o fato de serem assintomáticos, com isso se tornam potenciais transmissores, principalmente pelo fato de alguns conviverem diretamente com familiares idoso pertencentes ao grupo de risco.
Com a possibilidade de retorno e sabendo dos problemas que as escolas públicas já sofriam mesmo antes da pandemia como, falta de infraestrutura, superlotação de alunos em salas pequenas sem ventiladores ou circulação adequada de ar, entre várias outras demandas, cresce ainda mais a insegurança em relação a potencialização do contágio. Fica então o questionamento para essa possibilidade do retorno das aulas.
Diante de toda desigualdade conhecida, será que as escolas estão preparadas para receber o público, e as medidas apresentadas para o retorno das aulas presenciais de fato garantem uma tranquilidade aos estudantes e seus familiares, assim como todo corpo escolar?