Itacimirim, em Camaçari, no Litoral Norte da Bahia, foi uma das três praias baianas que tiveram a certificação do Programa Bandeira Azul renovada pela organização não governamental dinamarquesa Foundation For Environmental Education (FEE).
As outras foram a praia de Ponta de Nossa Senhora do Guadalupe, na Ilha dos Frades, em Salvador e Guarajuba, também em Camaçari. No Brasil, desde 2005 o programa Bandeira Azul é representado pelo Instituto Ambientes em Rede (IAR), membro da FEE.
A cerimônia de hasteamento da bandeira aconteceu dia 14 de dezembro, na Rua 9, em Itacimirim. O evento contou com as presenças das Secretárias Municipais de Turismo e de Meio Ambiente, representantes do prefeito e da Câmara Municipal de Camaçari, dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente e de Turismo, da Cetrel, do Conselho de Segurança de Itacimirim e Barra de Pojuca – Conseg e do Coletivo Preserve Itacimirim.
O presidente do Conselho Municipal de Turismo, Patricio Oliveira destacou a importância do selo para a economia municipal e o avanço da indústria turística. “Manter o selo é importante, é necessário maior presença do poder público porque a certificação exige saneamento, lixeiras nas praias. È preciso ter urbanidade para termos praias limpas e preservadas”, afirmou.
Morador de Itacimirim há 30 anos, Gianni Boscolo ressalta a importância do monitoramento eficaz “É preciso haver fiscalização para combater a poluição, como o lixo e a presença de óleo e de espumas no mar com forte cheiro que precisam ser analisados. Os salva mar também precisam atuar na orientação à população e fazer encaminhamentos aos órgãos responsáveis em caso de tartaruga morta na praia como eu vi essa semana na praia da Espera”, declarou.
Requisitos
O selo certifica a qualidade das principais praias e é um dos mais importantes prêmios ecológicos do mundo. Para conseguir a certificação, são avaliadas também a qualidade da água, segurança e serviços, turismo sustentável e responsabilidade social.
Os requisitos avaliados são: educação e informação ambiental – com no mínimo cinco atividades de educação ambiental para o público durante a temporada; qualidade da água – baseada nas normas e legislação internacional e nacional; gestão ambiental – cumprindo leis de conservação, que também se estendem a dunas e trilhas e segurança/serviços – avaliação dos riscos, prestação de primeiros socorros e atendimento a necessidades especiais.
Além dos critérios pré-estabelecidos, as praias também devem ser acessíveis a todos, sem exclusão por idade, raça, gênero, dentre outras características – de forma gratuita a menos que seja parte de Unidade de Conservação catalogada no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).
É obrigatório também que haja um ponto de coleta para análise de qualidade da água, postos de salva mar, fronteiras reconhecidas e, preferencialmente, visitação constante. Os critérios devem ser mantidos e comprovados anualmente e são verificados através de vistorias técnicas.
Está prevista a instalação de banheiro público em condições de higiene, manutenção e destinação correta de descarga, sem contato com o mar ou areia. O não cumprimento de um único requisito pode acarretar na perda do direito de hasteamento da bandeira.
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