Após um mês de paralisação das aulas nas escolas públicas e privadas, muitos pais já questionam como vai ficar o ano letivo de 2020, já que a carga horária está comprometida. A falta de aula se dá por conta da orientação para o isolamento social.

A falta de aula também se estende para as faculdades e universidades. Outra preocupação, agora dos responsáveis por alunos nas instituições privadas e estudantes universitários, são as mensalidades.

Haverá isenção da mensalidade ou redução do valor?

Segundo o PROCON, as escolas e faculdades podem continuar cobrando a mensalidade integral ou negociar com cada caso, sendo que as atividades estão sendo encaminhadas e orientadas em sistema EAD.

Veja algumas dicas para tentar se organizar sobre essas questões.

1. O histórico de positivo de pagamento e de bom rendimento do aluno serão sempre um argumento válido. Saiba utilizá-lo na hora de buscar um desconto.

2. Qual a real situação financeira da família? Seja honesto com a escola. Converse francamente sobre a redução da renda no período, suspensão de contratos e perda de emprego por conta da pandemia

3. No jeito. Não dá para chegar na escola impondo um desconto, até porque, legalmente nenhuma instituição de ensino tem obrigação de ofertar a redução. Há projetos de lei sendo discutidos, mas, efetivamente, o que os pais precisam apostar neste momento é em um bom acordo para os dois lados.

4. Traga uma proposta viável. Exponha seu lado, mostre suas possibilidades, mas seja justo com o que, de fato, pode pagar neste momento.

5. Troque serviços. Trabalha com TI? Que tal ajudar a escola a desenvolver um aplicativo, por exemplo? As permutas por serviços de assessoria jurídica, contábil e empresarial podem acabar ajudando os pais na barganha por desconto.

6. Tudo que for extra pode ser suspenso. Aulas de esporte, cursos de dança, prolongamento de horários, alimentação e transporte escolar também devem ser negociados.

7. Pais unidos, jamais serão vencidos. Movimente os grupos de pais e formulem uma proposta conjunta para a direção da escola. Mais uma vez, fica a dica: peçam uma redução que leve em consideração também os custos operacionais que a escola ainda precisa manter.

8. Exija e analise bem a planilha de custos da instituição. As escolas precisam disponibilizar para os pais os cálculos de sua operação  bem como ser transparentes quanto às medidas que estão sendo adotadas na crise.

9. Fique atento. É importante que os pais verifiquem a qualidade do serviço telepresencial ou online, e caso ocorram problemas, não deixem de questionar a escola, pois se o serviço está sendo cobrado a qualidade deve ser mantida.

10. Participação. Vale também chegar junto com a escola e outros pais para sugerir e mobilizar para alternativas que possam ajudar tanto a instituição de ensino como a família neste momento.  É entender que todos estão passando por uma crise inédita e que o engajamento coletivo é capaz de fazer a diferença na busca por soluções.