Comitiva oficia de oito parlamentares viajará a Angola para interceder junto ao governo local em favor do bispos da Igreja Universal do Reino de Deus acusados de discriminar os angolanos da igreja e de desviar recursos para o Brasil e Portugal. A viagem acontecerá em 30 dias, em avião da FAB, obviamente custeada por dinheiro público com o objetivo de intervir em assuntos internos de outra nação. O senador Nelsinho Trad, do PSD de Mato Grosso do Sul, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, disse que os pastores (bispos da IURD) brasileiros estão sofrendo ameaça de morte.
A imprensa local registra ameaças de ambas as partes e, no geral, concorda com as restrições do governo à Universal, denunciada repetidas vezes por extorsão de fieis obrigados a se desfazer de bens em seu favor. O próprio governo angolano impôs regras à atuação de igrejas evangélicas brasileiras ao exigir graduação em teologia para bispos e pastores – uma impossibilidade para a Universal que vem desde sua origem no Brasil.
Na troca de acusações entre seguidores do bispo Edir Macedo e os divergentes, resta a constatação de que o Brasil, país laico pela Constituição, enviará ao país africano um grupo de parlamentares financiado pelo Legislativo federal para pedir ao governo de outro país que deixe os crentes da Universal continuarem a pedir dízimos de seus cidadãos muitas vezes iludidos em sua boa fé.