Sob intervenção da Justiça do Trabalho há quase seis meses, o Sindicato dos Comerciários do Rio (SECRJ) lançou nesta segunda-feira (13) sua Campanha Permanente de Sindicalização. Fazem parte da campanha uma websérie, uma fotonovela, um blog e um filmete de BusTV que mostram as vantagens e a importância de se sindicalizar. Além de uma série de materiais impressos, como a cartilha “É seu Direito”, que explica de forma simples as principais dúvidas dos comerciários sobre direitos trabalhistas.
A websérie estará disponível no canal de Youtube do SECRJ (https://youtu.be/7sBnhr-JhVo) e será viralizada com o apoio da fanpage do Sindicato no Facebook (https://www.facebook.com/comerciariosrj?ref=hl), que já conta com mais de 14 mil curtidas e está entre as páginas mais acessadas dentre todas as entidades sindicais brasileiras nas redes sociais.
“A Campanha de Sindicalização é uma medida fundamental para tornar a entidade mais representativa. Representa um passo importante para a definitiva devolução da entidade à categoria, o que deverá acontecer por meio de eleições livres nos próximos meses”, comentou o interventor judicial do SECRJ, Dr. José Carlos Nunes dos Santos, na cerimônia de lançamento da campanha.
Contexto – Nos últimos 40 anos, o SECRJ esteve sob o controle de um único grupo dirigente, hoje acusado de diversos desvios na administração da entidade. Acionado por meio de denúncias, o Ministério Público do Trabalho começou a investigar em 2006 a diretoria presidida por Otton Mata Roma. Com o respaldo destas investigações, em 15 de outubro do ano passado o juiz Marcelo Antônio de Oliveira Alves de Moura, titular da 19ª Vara do Trabalho, acatou o pedido de liminar feito pelo MPT e determinou a intervenção no Sindicato.
A antiga diretoria foi destituída por suspeitas de corrupção e pela falta de legitimidade para estar à frente da entidade – nenhum de seus membros era de fato comerciário, como manda a lei. Os ex-diretores tiveram seus bens bloqueados e não poderão se candidatar nas próximas eleições do SECRJ. O réu Otton Mata Roma “herdou” o Sindicato do pai, Luisant Mata Roma, que presidiu a entidade de forma ininterrupta desde a década de 1960 até 2006, quando morreu.