“Entre escolher se vivo ou se morro, eu peço socorro!” Esse é o grito que marca cada edição do Slam 188, um espaço livre com poesias temáticas, pautado no desabafo do poeta, onde se tem um ambiente de escuta e afeto entre os participantes para que, a partir disso, consigam selibertar de seus medos, traumas e angústias, criando também um elo de solidariedade.
A iniciativa partiu de quatro poetas: Preta Poética, que também é professora; Árvore Bonita, intérprete de libras; Ozazuma, futuro pedagogo; e Poeta Monrá, psicólogo. Todos já
envolvidos com arte mas que, paralelamente, desenvolvem outras atividades, também
importantes para a construção dessa frente que organiza o slam. O espaço nasceu no final de 2020, em um momento bastante difícil devido ao ápice da Covid-19 no Brasil.
A ideia partiu dos poetas Ozazuma e Monrá, que já participavam de lives em outro Slam, e
perceberam que a saúde mental dos artistas estava ficando bastante abalada devido ao
isolamento social e todas as complicações trazidas pelo coronavírus. Assim, após algumas
reuniões, os dois poetas fundadores desenvolveram a proposta de criar um ambiente menos competitivo e mais empático e acolhedor para os poetas e resolveram ainda aumentar a equipe, convidando Preta Poética e Árvore Bonita para levarem o projeto adiante.
“Durante as edições do Veia Aberta, Slam do qual já participávamos, percebemos os anseios de muitos artistas. E decidimos criar esse outro espaço aberto para poesia, que batizamos de Slam 188 para homenagear o Centro de Valorização da Vida, muito importante na prevenção ao suicídio”, relembra o poeta Monrá.
Durante as atividades, a organização distribui um formulário de participação com o intuito de saber um pouco mais como os convidados, ouvintes ou poetas se sentiram durante o evento em que foram espectadores ou participantes. “Ali as pessoas podem descrever seus
sentimentos, e essas questões trazidas na escrita poética recebem um cuidado da equipe de psicólogos que faz parte do nosso projeto. Com isso, temos visto que muitas demandas
conseguem ser vistas, faladas, escutadas e tratadas, amenizando sofrimentos, que antes não eram compartilhados”, complementa Ozazuma.
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