Sobre chuvas trágicas e o não planejamento urbano

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Ontem, trinta de janeiro de 2020, mais uma vez o município do Rio de Janeiro sofreu com as fortes chuvas, episódio já comum anualmente na Cidade Maravilhosa. Em janeiro, todos brasileiros já esperam as famosas chuvas de verão, que por vezes refrescam e outras aumentam ainda mais a sensação térmica.

No entanto, não se trata somente de estar ou não calor, tem a ver com as tragédias que sempre ocorrem. Em alguns anos, milhares de pessoas perdem familiares, suas vidas, ou suas casas, comidas… E o notável é que a maioria das/os atingidas/os é de pessoas trabalhadoras pobres, periféricas e que ao perder familiares e pertences, não possuem previsão de recuperação.

Quando se trata de vidas perdidas, o que resta é a dor e a esperança de um dia ficar tudo mais ameno; já referente aos pertences, o problema que é público – pois se trata de falta de habitação com infraestrutura, escoamento etc. -, é jogado ao campo do privado, porque as famílias precisam dar um jeito de continuar a viver, porque os poderes públicos se escondem atrás de políticas irrisórias, como o bolsa aluguel.

Vale notar que todo ano os “desastres” das chuvas de janeiro ocorrem no município e no estado do Rio de Janeiro como um todo. Lembro à leitora e ao leitor que 2020 é um ano de eleições municipais, quero dizer que é preciso se lembrar desses ocorridos para que nos próximos anos não fiquemos novamente nos questionando sobre a ausência de políticas públicas de governos que não se importam com vidas faveladas. Fica a dica.