Ela cai como lágrimas pesadas e sentidas;
Escorrendo pelo rosto sujo da cidade,
Vem lavar as mágoas dos que sofrem;
É cura dos feridos e culpa dos desalmados.
Ela vem fria como o corpo deitado no asfalto;
Tirar as manchas de sangue no cimento;
Só não tira do peito a dor da perda,
E da consciência a culpa da morte.
A chuva tira do rosto a alegria;
Faz o cantor mudar a canção;
Da criança, ela tira a euforia.
Vem de repente, assim como a morte;
Mostra a sujeira, assim como a verdade,
Desmancha a máscara da vaidade.
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