A segurança pública é um das áreas que intensificaram o uso da tecnologia para ajudar na prevenção do coronavírus. No Brasil, entre os serviços existentes que foram ampliados estão o georreferenciamento, a delegacia online, o teleatendimento e a necrópsia virtual.
A pandemia tem feito as polícias civis e militares mudarem suas formas de atendimento ao público e também de lidar com as demandas internas. Uma medida antiga, mas que vem sendo resgatada nesta época, são as ocorrências online. A delegacia eletrônica é uma plataforma digital que permite a população fazer denúncias sem a necessidade de se dirigir a um distrito policial. No site da delegacia virtual do estado do Rio de Janeiro estão detalhadas as ocorrências que são ou não feitas pela internet.
Entre as que podem ser feitas estão roubo ou furto de objetos; roubo ou furto de documentos; desaparecimento de pessoa; encontro de pessoa desaparecida; agressões físicas; violência doméstica; injúria, ameaça e calúnia. A particularidade do momento de pandemia intensifica o uso de serviços virtuais como forma de proteção à população e a trabalhadores. Mas esses serviços não devem ser desvinculados de seu caráter essencialmente presencial.
Outra medida resgatada foi a necropsia virtual, como aconteceu em em Minas Gerais, para evitar o contágio de profissionais. Implantado durante a tragédia de Brumadinho, esse procedimento utiliza aparelhos de tomografia para auxiliar no diagnóstico dos médicos.
As técnicas de necropsia não atestam óbito pelo Covid-19, apenas mortes violentas e suas causas, mesmo que o corpo esteja infectado.
No estado do Rio de Janeiro outros dois serviços vêm se intensificando: são o teleatendimento e o georreferenciamento. O Gabinete de Crise do Estado, em parceria com a Secretaria de Saúde, criou o serviço de teleatendimento sobre o Covid-19 pelo número 160. Funciona 24 horas por dia, para tirar dúvidas e orientar a população.
O georreferenciamento é a medida que extrai informações geográficas de aparelhos celulares e permite identificar pontos de aglomerações, além de rastrear caminhos realizados por pacientes positivados.
No Rio de Janeiro no Disk Aglomeração, teleatendimento através do número 1746, servidores recebem denúncias e monitoram aglomerações. Isso acontece porque sinais emitidos pelas antenas de celulares se propagam e permitem identificar a localização. Uma vez identificado nos telões da prefeitura pontos de aglomeração, uma equipe é direcionada para a dispersão.
Já no Tocantins, o trabalho de georreferenciamento é executado pelo Núcleo Especializado de Computação da Superintendência de Polícia Científica. Os peritos fazem o cruzamento de dados de aparelhos celulares e obtêm a localização geográfica dos pacientes, mapeando possíveis áreas de contaminação e evitando que se tornem locais de transmissão comunitária do vírus.