O Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) informou que a maioria de suas instituições filiadas optou por acabar com a paralisação após 69 dias de greve. A decisão aconteceu em assembleia no último domingo (23). O sindicato deve avisar sua deliberação ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos e assinar um acordo nesta quarta-feira (26).
Foram 33 votos a favor do encerramento do movimento e 22 contrários. O argumento para a decisão é a “intransigência” do governo federal quanto às negociações salariais. Para os docentes, Brasília não iria conceder o reajuste pedido para este ano, e seguir sem aulas somente prejudicaria os estudantes.
Parte dos servidores das universidades já havia decidido abandonar a greve na última semana. Até a noite de sexta-feira (21), docentes de instituições como UnB (Universidade de Brasília), UFPR (Universidade Federal do Paraná), UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e UFMA (Universidade Federal do Maranhão) e Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) decidiram retornar às salas de aula.
No domingo, antes das universidades, professores e servidores técnico-administrativos de institutos federais já tinham resolvido encerrar a greve iniciada há mais de dois meses. Em assembleia à tarde, o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais na Educação Básica, Profissional e Tecnológica) anunciou a decisão.
A classe aceitou a proposta do governo de reajuste salarial somente a partir de 2025.