Um mês após o anúncio feito pelo prefeito de Duque de Caxias, da construção de uma creche no terreno do Terreiro de Joãozinho da Gomeia, a prefeitura resolveu voltar atrás depois da pressão social e atuação do Ministério Público Federal. No site oficial da prefeitura foi informado que se pretende preservar e fazer a manutenção do terreno “com o objetivo de respeitar as vivências e as experiências religiosas de toda a população, em especial dos praticantes das religiões de matriz africana da cidade”.
Como informado aqui, Joãozinho da Gomeia foi um dos pioneiros do candomblé no Brasil sendo um dos mais importantes pais de santo entre as décadas de 50 e 60. O procurador que acompanha o caso, Julio José Araujo Junior, disse que é necessário que se preservem patrimônios históricos e culturais, independentemente de registro efetivo ou tombamento. “A mobilização foi importante para mostrar que decisões ilegais não vão prevalecer sem reação. Agora é necessário continuar a mobilização por direitos em favor da proteção junto ao Iphan e ao Inepac, além da aprovação de medidas na Alerj e nos órgãos municipais, estaduais e federais de valorização da memória”, ressalta.