Imagem de celular. Crédito: Reprodução

Atualmente golpes vêm sendo aplicados nas redes privadas, em que hackers clonam contas e se passando pelos titulares, solicitam favores em nome da vítima clonada. São praticados por meio do popular WhatsApp, onde criminosos passam por seus titulares e pedem dinheiro para parentes e amigos das vítimas.

Com o avanço da tecnologia, vários meios de comunicação foram desenvolvidos com o intuito de disseminar informações, além de facilitar a interação de forma individual e privada. E alguns desses mecanismos são conhecidos como redes sociais, importantes para a socialização num todo e o compartilhamento de todo tipo de informações. No entanto, embora seja de grande valia para a sociedade, inclusive para seu desenvolvimento, seus efeitos podem ser em certos momentos negativos.

Os criminosos costumam estudar o conteúdo das redes sociais da vítima para conhecer seus padrões de vida, profissão, tudo para serem convincentes na conquista do que desejam, muitas vezes as senhas de acesso das contas das redes sociais.

Feito o hackeamento, a conta do whatsapp é transportada para outro aparelho celular, e são enviadas mensagens aos contatos, amigos e familiares da vítima pedindo depósitos em contas bancárias e pagamentos de boletos, sempre em caráter de urgência. Foi o que aconteceu com o ator e produtor Raí Santana, vítima de crime cibernético ocorrido no último dia 26.

“Um cara que me ligou hoje, se passando por um produtor da Rede Globo, dizendo que queria fazer uma entrevista comigo, ou seja, já estava me sondando, e aí na conversa ele me distraiu e disse que ia chegar um SMS no meu celular, era um código para acessar o whatsapp, eu passei pra ele, assim que desliguei o telefone que fui vê, meu whatsapp tinha desconectado do meu celular e conectado em outro local. Ele esta se passando por mim e pedindo dinheiro as pessoas”, Raí Santana.

O ator teve sua conta clonada e o hacker pediu e conseguiu dinheiro dos amigos dele, que caíram no golpe. Não se tem ainda uma noção exata de quantas pessoas foram lesadas, porque as informações só surgirão na investigação criminal.

Vários são os mecanismos dos hackers para o crime, mas muitas vezes ao ligarem para as vítimas já têm de antemão informações que pesquisam. Por isso é importante ficar atento a links suspeitos oferecendo brindes, doações e vendas. É importante jamais informar a terceiros o código de liberação de acesso do Whatsapp, além de ativar os mecanismos de segurança do aplicativo, como a verificação em duas etapas para reforçar a segurança da conta e evitar conectar o celular em redes de Wi-Fi desconhecidas.

Se possível, para aumentar a segurança instalar aplicativos que protejam o mensageiro com senha. E em caso de recebimento de mensagens de amigos solicitando valores em dinheiro, ou qualquer modalidade neste estilo, não encaminhar dados bancários, senhas, endereços, e antes de entrar em contato com o titular.

Nunca se está imune a este tipo de prática delituosa, afinal de contas os hackers se aperfeiçoam nas mais variadas modalidades criminosas, são quadrilhas especializadas de crimes cibernéticos. A atenção deve ser redobrada para não mostrar ou enviar senhas, compartilhar informações pessoais.

Mas se você se tornar uma vítima, procure a delegacia especializada em crimes cibernéticos e na falta desta, uma delegacia comum e registre um boletim de ocorrência para possível investigação.

Não existe ainda em Salvador uma delegacia especializada para crimes cibernéticos, mas um órgão específico para auxílio das investigações. A vítima então deve comparecer a uma delegacia de bairro e registrar o boletim de ocorrência, posteriormente munido da certidão de ocorrência comparecer ao Grupo Especializado de Repressão aos Crimes por Meios Eletrônicos (GME), onde eles possuem mecanismos de investigação e auxiliarão a delegacia para apuração dos fatos.

O referido órgão é especializado em investigar crimes cibernéticos, possui tecnologia para rastreamento de IPs e funcionalidades para averiguação destes tipos de crimes. O responsável competente da referida coordenação é o delegado Dr. João Cavadas.

Importante ressaltar que não se deve ir diretamente ao GME. Primeiramente é necessário registrar queixa junto a delegacia de bairro, com a certidão da ocorrência ir ao órgão responsável.

Para mais informações:

GME- Grupo especializado de repressão aos crimes por meio eletrônico

(71) 3117-6109

(71) 3116-6109

Rua Tristão Nunes, nº 08, cep: 40040-130 Mouraria, Salvador//BA.

ASCOM – Assessoria de comunicação- (71) 3116-6502/ (71) 3116-6501

Praça 13 de maio, s/n, térreo, Prédio – sede da polícia civil