Na próxima terça-feira, 1º, o Tribunal Federal da 2ª Região, irá realizar uma sessão virtual para julgar a ação judicial sobre a posse da Aldeia Maracanã, no Rio de Janeiro. Moradores e integrantes do movimento indígena foram surpreendidos com o agendamento da sessão, na última segunda-feira, 23.
O julgamento vai na contramão do que foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, no dia 6 de maio de 2020. Na decisão, Fachin suspendeu todos os processos de reintegração de posse em áreas indígenas, enquanto perdurar a pandemia.
Neste sentido, indígenas e apoiadores do movimento irão realizar uma vigília no entorno do território sagrado, entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro. Serão confeccionados faixas e cartazes de protesto e haverá exibição de filmes sobre a luta dos povos originários no continente e de cantos indígenas.
Além disso, a permanência das famílias indígenas na área do imóvel onde fica o antigo Museu do Índio, servirá para reivindicar, também, a liberdade do artista e educador André Lemos. André foi condenado injustamente por desacato, após ser agredido por cerca de 10 PMs fortemente armados, enquanto realizava um protesto pacífico contra uma desocupação sofrida pela Aldeia Maracanã em 2013.
Programação para vigília:
- Sábado – dia 28/11
Oficinas de pintura cartazes e faixas - Domingo – dia 29/11
Oficinas de mural e pinturas com jenipapo, urukum, e exibição de filmes - Segunda – dia 30/11
Pintura corporal com jenipapo, maraká e exibição de filme. - Terça – dia 01/12 – Dia do julgamento, transmissão on-line
O que levar?
- Máscara
- Álcool em gel
- água
- cartazes
- tinta/caneta
- frutas
- alimentos não perecíveis
- barracas
Lotação máxima: 60 pessoas. Caso a capacidade seja atingida, será dada preferência aos parentes.
Endereço: Aldeia Maracanã – Rua Mata Machado, 126, no bairro do Maracanã, Zona Norte do Rio de Janeiro.
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