Mas Jair Bolsonaro, o fiel escudeiro, agradeceu o convite para a reunião do G7, as maiores economias do mundo e entre as quais o Brasil já figurou, que será nos Estados Unidos. O encontro seria neste mês de junho, mas, devido à pandemia, poderá acontecer em setembro ou mesmo novembro, porque é irreal marcar calendário até o fim do ano.
Bolsonaro aproveitou o telefonema que disse ter recebido de Trump para agradecer a doação de mil respiradores artificiais, sendo 50 para o Paraguai, um dos países menos afetados na pandemia, graças às medidas restritivas adotadas. Observadores internacionais acreditam que o presidente americano está convidando para o G7 ampliado, incluindo Rússia, Austrália, Índia e Coreia do Sul e Brasil como convidados apenas, uma prerrogativa do anfitrião deste ano.
Seja como for, agradecer a doação de 950 respiradores ao país com 30 mil mortos hoje por Síndrome Respiratória Aguda Grave causada por coronavírus soa quase como escárnio não de Trump, que não é obrigado a saber do Brasil, mas de Bolsonaro, o presidente que ainda não visitou um hospital onde são tratados pacientes do vírus. Ao que parece, o presidente brasileiro segue o líder sem refletir que convites para reuniões dos ricos não representam mais do que o direito de sentar no fundo da sala e não falar nada. Talvez, comportando-se bem, possa servir um cafezinho na mesa de negociações.