Todos são passageiros: Inclusive o motorista e o cobrador

Você já deve ter notado que em outras publicações sempre comento sobre meu trajeto de casa para o trabalho, isso porque muita coisa acontece enquanto a cidade vai passando pelas janelas do ônibus, assim também utilizo o transporte público como reflexão do que percebo durante o caminho.

As pessoas passam um certo tempo da sua vida esperando aquele ônibus, sim, aquele que vai te levar para o trabalho ou qualquer outro destino. Ele passa várias vezes quando não queremos, mas quando você precisa é uma demora absurda, haja paciência.

E comigo não é diferente, mas já sei a hora certa que o meu passa, então fico um pouco tranquilo.

O que não é tranquilo, são os motoristas que não se preocupam com os passageiros, a falta de respeito com as pessoas que estão esperando no ponto de ônibus é de se indignar. Todos os dias é possível perceber tais atitudes.

Sem contar a falta de comunicação com os próprios colegas, um sai na frente e se acha no direito de não parar porque vem outro coletivo atrás, e não adianta dizer que é “porque o ônibus estava cheio”.

Onde vamos parar?

Se já é complicado chegar ao destino final, devido a pouca acessibilidade da ruas, engarrafamento, imagine você perdendo o ônibus, isso só faz piorar.

Como a gente vai justificar no trabalho que o ônibus não parou no ponto? Reze para ter um chefe que pegue ônibus também ou seja compreensível. Só quem vive sabe do que estou falando.

E não para por aí, as situações que deixam os passageiros chateados são inúmeras.

Você solicita a parada e não é atendido, e para ter certeza do motivo basta olhar para frente do ônibus que você verá, “tem gente conversando com o motorista”, a falta de atenção é também um fator que deixa o serviço de transporte a desejar.

E quando a gente precisa correr para não perder o ônibus, pois o motorista parou metros de distância do ponto oficial, tem alguns que fingem que não percebe você batendo na lateral do ônibus querendo entrar.

Certamente não vamos generalizar, pois existem muitos motoristas bacanas, digo isso porque vejo e são muitos. Ainda bem.

Alguns colocam som ambiente, com estilos variados, pedem para o cobrador ajustar a estação, local do destino do ônibus, outros até água dividem com passageiros. Solidariedade e empatia.

Quinta-feira (16/01) na volta pra casa, no sentido Região do Itaigara, o motorista viu três jovens que estavam correndo do outro lado da rua querendo pegar o seu ônibus. Eles faziam sinal que queriam aquele ônibus, o motorista viu e como o trânsito estava tranquilo, reduziu a velocidade para os rapazes subirem. Gesto de gentileza.

Sabemos que também não é certo parar fora do ônibus, eles têm suas regras, mas naquela situação, o bom senso e a boa vontade prevaleceram. Acredito que todos ganham quando algo assim acontece.

E aqueles motoristas que também são guias? Esses são ilários, você entra no ônibus e pergunta se vai por determinado local, ele diz que não e ainda te ensina qual você tem que pegar e onde deve soltar. Esse são incríveis.

Essa relação entre passageiro e motorista tem que ser ajustada, e cá pra nós tem muito passageiro abusado também.

Aqueles que ficam puxando a cordinha de sinalizar o ponto, ou ficam apertando o botão toda hora. Aqueles que deixam o ônibus sujo, ou entram com notas de R$100,00 querendo que o cobrador passe o troco para uma passagem de R$4,00. Parece que é proposital pra irritar.

Por mais respeito, bom senso e companheirismo dentro dos coletivos, afinal, todos queremos chegar ao destino, passageiros, motoristas e cobradores.