Em tempos de falta de heróis que o país e o mundo estão vivendo, ainda é possível encontrar pessoas dispostas a ajudar o próximo, sem pensar em enriquecer com isso ou  ficar famoso para se candidatar a cargos públicos. Acredito que minha mãe daria um jeito no país. Afinal de contas, ela é gestora de logística, economista, sanitarista, socorrista e todas as funções técnicas necessária para cuidar de uma pessoa ou de uma nação.

Com ela, não haveria fome, miséria, desigualdade e nunca mesmo iria faltar diálogo e compreensão. Claro que não pode pisar na bola, senão ela vai chamar sua atenção.

Ela sai de casa por volta das 3h da manhã para ajudar a salvar vidas. Nunca falta. Fins de semana e feriados não impedem seu trabalho tão nobre. Há relatos que ela chega cedo ao hospital para fazer mingau para os pacientes. Isso nem as mães deles fazem… Mas a minha mãe faz.

Eurides Gomes é uma heroína que age em silêncio, sai nas madrugadas sem medo, com a mesma coragem de 25 anos atras, quando iniciou sua carreira na área hospitalar. São inúmeras as pessoas que passaram por ela. Entre ricos e pobres, todos receberam o mesmo tratamento, seja no Hospital Salgado Filho, Hospital Miguel Couto ou mesmo no Hospital Souza Aguiar.

Minha mãe não precisa ser enfermeira ou médica para curar. Ela exerce seu poder de cura pelo olhar, pelo abraço e pelo carinho.