UNESCO seleciona professor baiano para Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

O Doutor em Educação e pesquisador baiano, Israel Campos, foi selecionado como um dos integrantes do painel de consultores da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia & Inovação do Brasil (MCTI), e coordenou a mobilização e a participação social da Conferência Regional Sul, que aconteceu em Curitiba – PR. Israel, também participou de reuniões em Brasília, para a organização da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), que vai acontecer nos dias 30 de julho e 1⁰ de agosto deste ano.

A conferência terá como tema “Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido”, e será um importante espaço de diálogo entre diferentes atores da sociedade para refletir sobre o papel da ciência, tecnologia e inovação no país e seu rumo nos próximos anos. Após mais de 200 conferências preparatórias realizadas de dezembro de 2023 a maio de 2024 em todo o país.

O Educador foi escolhido através de um edital que buscou pesquisadores com doutorado em todo o país. Natural de Salvador, Israel Campos tem orgulho de suas raízes, e reforça: “a Bahia que me deu ‘régua e compasso’, como disse o mestre Gilberto Gil, ou seja, raízes fortes e singulares para poder somar para um país e um mundo com mais progresso e valorização da vida humana. Tenho orgulho e alegria de ser baiano!”

a Bahia que me deu ‘régua e compasso’, como disse o mestre Gilberto Gil – Créditos – Agencia Dudes

O educador foi escolhido através de um edital que buscou pesquisadores com doutorado e experiência em áreas como Participação Social em todo o país. O currículo do docente da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) é extenso e abrangente, incluindo títulos acadêmicos como Doutor em Educação, Mestre em Gestão e Desenvolvimento Social e Bacharel em Humanidades, todos pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Além disso, Campos é Especialista em Gestão e Estratégias em Indústrias e Culturas Criativas pela Universidade de Lisboa e possui formação complementar em Direitos Humanos pela Network of Strategic and International Studies (NSIS) e Amnistia Internacional Portugal.

Campos destacou a importância da participação social e a diversidade na conferência. “Ao todo foram 14 anos de lacuna em que não houve Conferências Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação que consultassem a comunidade científica, a diversidade de governos constituintes no país, bem como organizações e movimentos da sociedade civil para definir o futuro do país. A diversidade foi uma questão central para que essa ampla participação fosse efetivada, então tivemos pessoas historicamente excluídas desse diálogo, mas que fazem e discutem Ciência, Tecnologia e Inovação, presentes nas conferências, como pessoas negras, indígenas, mulheres, jovens, LGBTQIAP+, entre outros segmentos sociais”, afirmou.

Dedicado a colaborar com propostas e soluções para o enfrentamento das crises climáticas, o educador ressaltou a necessidade de priorizar pautas ambientais. “Para o presente e para o futuro do Brasil, sugiro que o trabalho da sociedade alcance três áreas que apontam para o nosso futuro: a tecnologia alinhada às questões climáticas e ambientais; a inovação atrelada ao desenvolvimento social; e a popularização da ciência”.

Sobre as barreiras enfrentadas pela comunidade científica e a sociedade civil na implementação de políticas de ciência, tecnologia e inovação no Brasil, Campos enfatizou a questão do estímulo financeiro. “Falta melhor remuneração e melhores condições de trabalho para as pessoas que ensinam, bem como para as pessoas que pesquisam e produzem ciência no nosso país. Existem bolsas estudantis no Brasil, mas ainda são insuficientes para que o ato de estudar seja visualizado pelo Poder Público, Privado e pela sociedade civil, em geral, como profissão e composição de renda familiar”.

Ele também destacou o papel crucial da educação e das instituições de ensino superior na promoção e popularização da ciência e tecnologia em um país tão diverso como o Brasil: “Nas universidades, em especial as públicas, existe a extensão, que são projetos científicos que ocorrem em parceria, e muitas vezes dentro, de espaços da sociedade como escolas, quilombos, empresas e outras comunidades. Esse pilar da educação pública superior populariza e leva a Ciência a quem mais precisa: o povo”.

Gostou da matéria?

Contribuindo na nossa campanha da Benfeitoria você recebe nosso jornal mensalmente em casa e apoia no desenvolvimento dos projetos da ANF.

Basta clicar no link para saber as instruções: Benfeitoria Agência de Notícias das Favelas

Conheça nossas redes sociais:

Instagramhttps://www.instagram.com/agenciadenoticiasdasfavelas/

Facebookhttps://www.facebook.com/agenciadenoticiasdasfavelas

Twitterhttps://twitter.com/noticiasfavelas