Esqueçamos por um momento o sumiço (que aliás deveria ser sempre classificado como sequestro) do Amarildo. Se bem que não dá pra esquecê-lo jamais. Esquecamos o golpe duro que a sociedade civil teve ontem com a manobra absurda na instalação da CPI dos ônibus na Câmara de Vereadores do Rio. Esqueçamos os protestos, os vândalos, o gás lacrimogênio, o Cabral e todo mal que nos atordoa nessa cidade maravilhosa.
Fiquei abismado ao ler na manchete de hoje no jornal O Dia que Eike Batista cortou R$ 20 milhões e com isso abalou as UPPs. Ora bolas, será que eu sou tão crítico assim oueu não sei interpretar o que leio?
Se os tais R$20 milhões serviam para adquirir equipamentos e agilizar a implantação das UPPs, evitando assim a necessidade de licitação para adquirir equipamentos, então minha pergunta é e sempre será válida: por que o Governo do Estado não criou um conselho de cidadãos e está arrecadando fundos para a manutenção e implantação das UPPs no pós-governo Cabral.
Quer ver uma sugestão simples? Poderiam fazer uma Campanha Rio Seguro para captar recursos nos moldes do Criança Esperança. Outra possibilidade é chamar as 100 maiores empresas privadas do Rio e angariar de cada uma R$ 1 milhão por ano pelos próximos 10 anos, só assim teriam R$ 1 bilhão nos próximos dez anos, ou seja, 50 vezes mais do que o ex-bilionário Eike doava.
E que tal chamar os 10 maiores cantores do Rio e fazer um festival no Maracanã (nesse caso o Eike iria colaborar cedendo o espaço) para arrecadar fundos para as UPPs.
Sei não, ou pessoas como eu que são empreendedoras somos muito práticas, ou o público não sabe lidar com o privado, só com a privada.
Se o Eike, Cabral e o Beltrame precisarem, disponho meu tempo para uma consultoria em como implantar projetos eficazes e arrecadar fundos na iniciativa privada. Meu pagamento: instalação da UPP Vigario/Lucas, mas nesse caso seria acompanhada obrigatoriamente de uma UPPjovem, Unidade Para Profissionalizar Jovens. E com essa nova metodologia de inclusão através da formação profissional, o jovem se ligará que malandro que é malandro não precisa de armas para encarar as dificuldades da vida, mas sim ser um profissional atuante e capaz de mudar sua realidade e assim prosperar em paz numa comunidade onde sua família será respeitada por todos, inclusive pela polícia.