É assustador a velocidade com que o consumo de crack atingiu o Rio de Janeiro.
Uma droga que só se tinham notícias a partir da “CRACOLÂNDIA”, território ocupado por moradores de rua nas imediações da Praça da República, em São Paulo, e foi ganhando adeptos por força de seu efeito letárgico, imediato e de pouca duração, que faz com que os viciados consumam compulsivamente.
O Crack é um subproduto da borra da cocaína, que o torna mais barato. A dependência tem um efeito devastador, uma vez que seu usuário perde totalmente a fome e o sono, e aos poucos vai definhando e colocando sua autoestima no fundo do poço.
O perfil dos consumidores desta droga, normalmente, é o menor de rua e os marginalizados dentro das favelas.
Têm-se notícias de que uma das facções do crime organizado não permite sua venda, nas bocas de fumo.
Temos a informação que o crack entra no Rio de Janeiro através do PCC – Primeiro Comando da Capital – e o Comando Vermelho com a “venda casada” (eles fornecem cocaína desde que junto venha uma remessa de crack). Tendo em vista o aumento do número de consumidores, é preciso que se trate o assunto não apenas com repressão policial. Hoje, passam mais de vinte e seis mil o número de presos com idade entre 18 e 25 anos envolvidos com consumo e tráfico de drogas e crimes correlatos. O que se vê nas prisões? Também o aumento do consumo do crack entre os internos, como uma maneira de aliviar os momentos da perda de liberdade. É preciso que haja uma forte intervenção do Estado ampliando o atendimento médico-psiquiátrico. Hoje existem 3 clínicas populares para dependentes químicos, que comportam 300 (trezentos) pacientes/mês e são conveniados com a Secretaria de Assistência Social e de Direitos Humanos e que tem um desempenho bastante satisfatório, mas que cobre apenas os maiores de 18 anos. O Governo do Estado publicará um edital para atender os menores infratores abrindo a possibilidade de criação de mais duas clínicas populares. É pouco, mas é o primeiro passo para minorar o problema.
Vamos encaminhar ao Governador Sérgio Cabral um pedido de ampliação desse serviço.
Deputado estadual André Lazaroni,
Lider do PMDB-RJ
vice-presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj