E cá chegamos a 2017, um ano que tem tudo para ser ainda mais movimentado que o ano que passou. Se as previsões políticas e econômicas não são tão favoráveis, a previsão do tempo da semana já foi certeira: calor de 40 graus e sensação térmica (ou disfarce da realidade?) caminhando para os 50. Logo, ficar em casa é uma tarefa difícil.
Uma das cenas clássicas de verão ou de qualquer dia quente do subúrbio do Rio são os vizinhos com suas cadeiras de praia ou banquinhos do lado de fora de suas residências. A calçada vira o espaço de convivência, extensão de casa para quem geralmente não tem mais esse tipo de relação com a rua.
Quem ainda vive essa fase e curte uma festa está numa cidade propícia. Há alguns anos, os eventos realizados na rua praticamente triplicaram. Das tradicionais rodas de samba até as rodas de rap, passando pelo jazz e saraus de poesia, por exemplo, o Rio parece sempre aberto a este tipo de lazer ao ar livre. O verão só realça. Além disso, são eventos baratos para o público: não há entrada paga, então, as despesas ficam para consumação e transporte.
Na segunda-feira, já é possível curtir um bom samba na Pedra do Sal, um dos locais redescobertos nos últimos anos no Centro do Rio. A Roda Cultural de Olaria, situada na Zona Norte, entre os conjuntos de favelas do Alemão e da Maré, também é uma dessas opções e rola sempre às quintas. Vale lembrar também que dos bailes funk a céu aberto, como é o caso do já clássico Baile da Nova Holanda.
Não faltam opções de lazer para curtir as noites quentes de verão. Podem até tentar impedir a circulação da galera favelada e periférica pela cidade, mas ela é nossa. Pelo nossos direitos, os direito dos nossos e o direito de festejar, sigamos, que 2017 já começou.