Recentemente, viralizaram vídeos racistas no Tik Tok, que parecem ter sido feitos em sequência, ou inspirados uns nos outros. Em um deles a garota diz “antes eu tinha medo do escuro, agora eu namoro com ele”, sendo o “escuro” um jovem negro, seu namorado, que ela acaricia no rosto, sendo retribuída com um sorriso (veja 1, 2, 3 e 4).

Especialistas do Observatório da Branquitude acreditam que conteúdos racistas como esses trazem reflexões importantes à sociedade sobre racismo recreativo, relações interraciais, perpetuação das desigualdades e o poder da branquitude.

As pessoas negras expostas nos vídeos por parceiros brancos são vítimas de uma das diversas práticas racistas. Na avaliação dos estudiosos, pessoas brancas que se relacionam com pessoas negras podem sim ser racistas, e quando não compreendem ou não se aliam à luta antirracista e por equidade, contribuem com a opressão.

Sou negrão, diz o IBGE

Pessoas negras estão em um árduo processo de reconhecimento e de resgate de identidade e autoestima. O Brasil também passa por uma mudança bastante significativa na composição étnico-racial, com aumento em 10,2% no número de pessoas que se autodeclararam pretos e pardos.

Com 45,3%, eles ultrapassaram o número de brancos, com 43,5% da população, de acordo com dados do Censo 2022 divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No entanto, mesmo com os números apontando maior consciência racial e social da população, ainda há um longo caminho de emancipação a ser percorrido pela população negra, principalmente por jovens vítimas do racismo recreativo.

A cor da educação

No Brasil, há um avanço na inclusão no ensino superior. Em novembro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma atualização na Lei de Cotas (Lei 12.711, de 2012), que atende à graduação em instituições de ensino técnico de nível médio e universidades federais.

Uma das mudanças é a inclusão de quilombolas nas vagas afirmativas. O texto também fala da pós-graduação, pela primeira vez, indicando a flexibilidade para cada programa lidar com as cotas raciais como julgar necessário.

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