Tenho visto nestes anos tudo passar velozmente. Na última semana, assisti nas redes sociais a um vídeo em que um bebê recém-nascido, que acabara de sair do parto, já andava apoiado no braço da enfermeira, que filmava tudo, abismada.
São tempos de mudanças aceleradas e, ao mesmo tempo, de coisas estagnadas. Tempos estranhos! A geração que chega vem mais ansiosa, mais conectada ao mundo e ao que acontece ao seu redor, com instrumentos que os fazem se desenvolverem com mais velocidade do que a minha geração.
Nossos jovens de hoje dão a sua contribuição para a chegada dessa nova geração. Criam novas ferramentas, plataformas, linguagens, sons, novas formas de comunicação e interação com o mundo. São jovens que estão debatendo e questionando velhos métodos de gestão pública, social, educacional, buscando novos caminhos de convivência em um mundo multifacetado e diverso, no qual devemos nos adaptar a novos paradigmas, novos parâmetros de troca e respeito.
O futuro pertence a todos, mas cabe aos mais jovens a tarefa de preparar esse futuro e à geração mais velha cuidar para que as mudanças pertençam a todo o conjunto social. Entretanto, enquanto a geração a qual ainda cabe a tarefa de cuidar da juventude não os ouvir, não respeitar a sua contribuição para o futuro e seletivamente os matar, os desrespeitar com seus exemplos de usura, desvio de caráter, má conduta, permissividade entre seus pares, mau comportamento social e humano, caminhamos para tempos de recrudescimento e eugenia.
Torço para que a juventude não permita que a calem, que multiplique sua voz, que brade que novos tempos estão surgindo, que velhas oligarquias estão com dias contados, que chegou a hora de começar a reescrever o roteiro de novo futuro que pertence a todos nós. Salve a juventude brasileira! Salve o futuro que ela construirá!