Nos últimos anos, o crescimento das informações sobre o mercado financeiro, especialmente sobre investimentos, por plataformas como YouTube e Instagram, impulsionou o avanço de bancos digitais e corretoras, que começaram a captar uma parcela significativa do mercado que antes estava dominado pelos bancos tradicionais. No entanto, apesar desse progresso, ainda enfrenta-se desafios em alcançar regiões menos atendidas e em promover uma educação financeira que realmente faça a diferença.
Um tema recorrente nesse contexto é a preferência pela poupança, especialmente nos bancos públicos. O capital acumulado na poupança é amplamente utilizado para o financiamento imobiliário, onde os bancos oferecem um rendimento mensal baixo para o investidor em troca de taxas de juros medianas no crédito imobiliário, geralmente atreladas à taxa Selic.
Muitas pessoas ainda acreditam que a poupança é a opção mais segura, o que em parte é compreensível devido à tradição e à segurança percebida em confiar no banco público. No entanto, existem alternativas igualmente seguras que podem proporcionar um rendimento significativamente melhor. Por exemplo, o CDB (Certificado de Depósito Bancário) tradicional, emitido por bancos, oferece uma rentabilidade superior à da poupança e conta com a mesma segurança, já que ambos são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Para ilustrar, considere um exemplo de CDB que paga 105% do CDI, enquanto a Selic está em 13,75% ao ano. Se a taxa CDI estiver em torno de 13,65% ao ano, esse CDB ofereceria uma rentabilidade de aproximadamente 14,33% ao ano. Em um investimento de R$ 1.000, isso significaria um retorno de cerca de R$ 143,30 ao final de 12 meses, antes de impostos. Em comparação, a poupança, que rende cerca de 6% ao ano, proporcionaria um retorno de apenas R$ 60 no mesmo período.
Além disso, existem outras alternativas, como o Tesouro Direto, que também são opções seguras e com rendimentos superiores.
Apesar do papel importante que a poupança desempenha na economia, principalmente por financiar a construção de imóveis e outras atividades econômicas, ela não é a única opção. Diversificar os investimentos e explorar outros produtos financeiros pode ajudar a população a obter melhores retornos, sem abrir mão da segurança.
No entanto, é crucial que as pessoas busquem informações de fontes confiáveis fora das redes sociais e consultem seus gerentes e profissionais especializados. Isso evita que sejam direcionadas para produtos que não atendam às suas reais necessidades financeiras e que possam ser menos vantajosos. Ter uma boa orientação faz toda a diferença para alcançar os mesmos ganhos que os bancos, sem ficar à mercê das limitações da poupança ou de produtos financeiros inadequados.