O governador Wilson Witzel, do Rio de Janeiro, sentiu o golpe e jogou a toalha, avisando a pessoas próximas que não fará mais oposição frontal ao presidente Jair Bolsonaro, segundo informa na coluna de hoje a jornalista Monica Bergamo. O ponto de virada de Witzel foi a operação policial na sua residência oficial e comemorada no mesmo dia pelo presidente, em Brasília, no dia 26 de maio. na Federal
A mulher de Witzel, Helena, é personagem central das investigações, porque seu escritório de advocacia mantinha contrato de mais de meio milhão de reais com empresa investigada por desvios de recursos em contratos com o governo do Rio. Segundo Monica Bergamo, Witzel passou a temer pelo pior —inclusive pela prisão dele ou da mulher.
Do dia da operação para cá, Witzel nunca mais criticou Bolsonaro no Twitter. Na sexta, 5, ele fez uma referência negativa ao presidente em uma entrevista — mas respondendo à insinuação feita por Bolsonaro de que “brevemente” poderá ser preso.
O governador do Rio atacava o presidente semanalmente. Em maio, foram pelo menos 14 postagens falando mal diretamente dele. “Presidente Bolsonaro, ninguém vai conseguir fazer um trabalho sério com sua interferência nos ministérios e na Polícia Federal”, escreveu Witzel no Twitter no dia 15. “Bolsonaro caminha para o precipício e quer levar com eles todos nós”, registrou no dia 12. “Depois da operação da PF, ele só posta mensagens sobre a Covid-19 e imagens de visitas a hospitais”, escreve a colunista da Folha de S. Paulo.
A Agência de Notícias das Favelas noticiou a intenção do presidente no dia da operação policial. Relembre: http://www.anf.org.br/nova-policia-federal-faz-busca-contra-governador-desafeto-bolsonaro/