O Fórum Nacional é uma associação de cerca de cem dos principais economistas do país, iniciado em 1988, com a finalidade de oferecer propostas concretas para modernização da sociedade brasileira. O Fórum Nacional foi formalizado e adquiriu permanência, com a criação do Instituto Nacional de Altos Estudos (INAE), sociedade civil sem fins lucrativos.
Este evento acontece duas vezes ao ano, nos meses de maio e setembro. Desta vez o slogan foi A Hora e Vez do Brasil: (Povo Brasileiro) e discorreu: Diante da Nova Revolução Industrial, Estratégia para o Desenvolvimento do Brasil, através do aproveitamento de grandes oportunidades (Econômicas, Sociais, Culturais).
O dia 13 foi reservado para o tema, Melhorando a Governança dos Três Poderes da República. Com as participações da Ministra Carmem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal no 1º Painel, seguida dos ex Ministro da Fazenda Marcílio Marques Moreira e do Prof. Bernardo Sorj, da USP.
A ANF – Agência de Notícias das Favelas esteve presente neste painel e com uma atenção especial na fala e participação da Ministra do Supremo Tribunal Federal Carmem Lúcia. O tempo reservado para ela foi de 15 minutos, mas o suficiente para alguns esclarecimentos e informações pertinentes. Falou como o Juiz atual deve aplicar a jurisdição. Explicou um dos motivos da morosidade das resoluções dos processos: – hoje temos 95 milhões de processos, 18 mil juízes em exercícios no Brasil, um para cada 11 mil cidadãos, e 13 novos Habeas Corpus por dia.
Disse que: “A crise não é específica do judiciário, e que o modelo que se tem hoje de Estado, está morto, estão maquiando para sobreviver”. Terminou dizendo que o Brasil tem 850 mil advogados e só a Índia tem mais advogados que o Brasil. O momento mais importante e especial para as favelas foi quando um dos coordenadores do Movimento Popular de Favelas (MPF) entregou um documento à Ministra, e com exclusividade a ANF teve acesso. Trata-se da UPP do Jacarezinho. A Ministra prometeu dá uma especial atenção.
Despediu-se citando Carlos Drumond de Andrade: “A lei não basta, é preciso como uma flor cultivá-la”. Depois sorriu dizendo: – Não quero me mudar do Brasil e sim mudar o Brasil.