Yemonjá: ancestralidade e proteção

Dia 2 de fevereiro é o dia da mãe de todas e de todos nós – é dia de celebrar Yemonjá, a deusa das águas salgadas, protetora dos lares e das famílias. É ela quem traz tranquilidade ao lar, que acompanha as decisões, que acalma os conflitos e angústias e que busca o bem-estar daquelas e daqueles que amamos.

A família protegida pela deusa dos mares não é somente aquela consanguínea, mas também aquelas pessoas que, ao longo do caminho da vida, escolhemos para ser nossa morada, nosso porto seguro, que nos trazem paz e proteção. Nas casas de religiões africanas, é Yemonjá quem cuida de suas filhas e seus filhos. Ela é a grande mãe de todos os orixás.

A rainha da águas salgadas ampara o Ori (‘cabeça’, em yorubá) dos bebês quando nascem e ali lhes dá proteção para a vida. Protege também os pescadores e jangadeiros. É a grande mãe que proporciona a boa pesca, cuida dos seres aquáticos e provém o alimento. É símbolo do cuidado, da sabedoria, da proteção do lar e da fartura.

Nesse dia 2 de fevereiro, já em clima de carnaval, comemoramos o seu dia, minha mãe; dia de festejar a vida, a fartura, de tomar banho de mar e lhe ofertar oferendas como forma de agradecer suas bençãos. Como uma rainha, será cortejada pelas suas filhas e seus filhos e receberá os melhores presentes.

Aproveito o ensejo e lhe peço que cuide de seus filhos e filhas, que nos dê proteção, amor, calma e sabedoria, e, como as águas do mar, leve para longe tudo a que queira nos fazer mal. Que venha mais uma festa para saudar suas bençãos e muitas outras, pois precisamos continuar passando a nossa história de geração em geração.

Que essa sexta-feira, 2 de fevereiro, dia de Yemonjá e de meu pai Oxalá, seja permeada pela sabedoria dos mais velhos e do cuidado maternal, e que estejamos protegidos pela suas águas que tudo alcança e limpa. Odó-Iyá!