Desde cedo todos os cariocas ficamos apreensivos com a notícia de que nossa Cidade Maravilhosa seria abatida hoje por uma forte tempestade, eu aqui de longe, nas Minas Gerais, fiquei preocupado, logo lembrei-me das chuvas do ano passado que lá na minha terra, em Honório Gurgel fizeram estrago, com o Rio Acari transbordando e o Rio das Pedras, dezenas de famílias desabrigadas…
Tratei cedo de ligar para minha mãe que trabalha em Copa, e falar para ela tentar sair mais cedo, pois sei como fica a Central do Brasil nesses dias, os atrasos dos ramais de trem além do comum.
Embora precisamos de chuvas, ela não veio como esperada, ou seja, não chuva mais já uma catástrofe anunciada! Vejo fotos, e até eu mesmo já rir das brincadeiras que estão fazendo com todo o aparato que Paes montou para Cidade preparar-se para chuva.
A que mais chamou-me atenção e que coloco neste texto, Guardas Municipais do GOE, espécie de “BOPE” da Guarda Municipal que Paes criou, e até agora eu só os tinha visto retirando mercadorias e agredindo camelôs, de prontidão na Praça da Bandeira e até com bote salva-vidas!
Bela organização, mas aí pergunto-me: será que teriam botes em Honório Gurgel? No Jacarezinho? Na Cidade de Deus? Em Manguinhos? Na Maré? No Complexo do Alemão? Em Pavuna? No Amarelinho?
E em tantas favelas que sempre sofrem absurdamente com as chuvas de janeiro, ou melhor, com a falta de tratamento dos rios e abandonados pela prefeitura, somado também a ausência de saneamento básico e um grau de falta de conscientização?
Digo grau menor de falta de conscientização, pois lembro-me do primeiro ano de Faculdade de Direito, estudava no Campo de Santana e eis que numa quinta-feira cai uma chuva dessas, já era Paes no Governo, salve engano seu primeiro ano de Governo, e eu presencie até barata morrendo afogada na Lapa, portanto, é a Cidade que não é preparada para as grandes chuvas que acontecem todos os anos…
E dizem que as baratas sobrevivem até a bomba atômica, mas não as galerias pluviais do Rio.
Assim, digo UFA por hoje que o ciclone passou longe, igual o recalque da música, e todo a tensão que sei que meu povo deveria estar diante dessas informações…
Portanto, digo também que não lembro a última vez que houve um preparo assim para uma chuva no Rio de Janeiro, mais não estou preocupado com o erro de Paes, pois o que não veio hoje poderá vir amanhã e aí, meu amigo, não sei como fará novamente a Favela… Vendo os sofás, colchões, barracos, animais domésticos e infelizmente, até um vizinho ou um parente sendo levados nas águas dos rios da Capital Fluminense.
Hoje não foi!!! Graças a Oxalá!